Dane-se a crise e dê o seu pulo do gato
Esta semana, em meio a retrospectivas personalizadas dos usuários do Facebook e as opiniões divergentes sobre a polêmica jornalista Rachel Sheherazade, me deparei com um tema interessante nas redes sociais que acredito vai ocupar a agenda nos próximos meses. Trata-se da eterna conhecida dos brasileiros: a CRISE. Ela voltou, mais uma vez e com novo fôlego. E ficará mais aparente com a proximidade da Copa do Mundo (não podemos esquecer também que em ano de eleição ela se destaca ainda mais).
A diferença desta vez é que a crise não está só nos jornais, na TV, na conversa de botequim. Ela ocupou as redes sociais com uma abordagem diferente e muito interessante. Começou com o post#DANESEACRISE do CEO do Geração de Valor, Sandro Magaldi (veja o post completo aqui). Vamos a alguns highlights: “Parece que temos 2 Brasis. O fato é que o Brasil real não é nem aquele exuberante, nem é esse desprezível. O que vale é o Brasil que escolhemos. Ou melhor, é o caminho que escolhemos para construir a nossa própria trilha sem depender de crises econômicas, variações do mercado cambial etc.” Magaldi lastreia seu posicionamento na sua própria história profissional e opina: “Minha sugestão é: foco na prosperidade (…) Vamos trabalhar duro e fazer a nossa parte.”
Em seguida, em um artigo divulgado no site Terra Magazine (leia aqui), a editora-chefe da revista HSM Management Adriana Salles Gomes fez uma análise da crise no contexto das mídias sociais. Para exemplificar, ela citou um acontecimento recente que ganhou repercussão nas redes: a discussão ocorrida entre a empreendedora Luiza Helena Trajano e o jornalista Diogo Mainardi no programa Manhattan Connection. Com isso, Adriana se pergunta: “Qual será a influência da mídia social no ânimo das pessoas?” Em resumo, Adriana relata: “No mundo dos negócios, momentos de crise assistem à formação de dois exércitos arquetípicos, o dos executivos cautelosos e o dos empreendedores aventureiros”. E lembra que, como seres humanos, somos guiados por relacionamentos. “Processos, conhecimento, tecnologia são bem-vindos porque nos ajudam muito, mas ainda somos humanos e, portanto, ainda nos guiamos por relacionamentos”, diz.
Enfim. Se a crise já é um fato (e no Brasil sempre foi) o que nos resta é mudar nosso modelo mental diante dela. Se a crise vem do governo, da cultura brasileira, do calor infernal, do jeitinho das pessoas, tudo isso importa, claro. Mas também importam nossas crenças, nossas atitudes e os relacionamentos que cultivamos. Vejo cada vez mais pessoas querendo fazer o certo. Gente desistindo de ser parte do problema e arregaçando as mangas para criar soluções inovadoras. Queremos um Brasil melhor? Vamos fazê-lo. Sem tirar o pé do chão, mas também sem limar a esperança alheia. Por isso, junto-me ao coro: Dane-se a crise! E complemento: Dê seu pulo do gato. “Seja você a mudança que quer ver no mundo” – Mahatma Ghandi
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